Em estado de greve, metroviários protestam no aeroporto internacional do Rio

Categoria ameaça greve e pode paralisar meio de transporte essencial para os Jogos Rio 2016


Os metroviários do Rio de Janeiro fizeram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (1º), no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Eles protestaram por reajuste salarial de 10% e manutenção do plano de saúde, entre outras reivindicações. Os trabalhadores estão em estado de greve desde a última quarta-feira (27).
Segundo o diretor do Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio de Janeiro (Simerj), Laerte da Silva, o ato teve oobjetivo de dar visibilidade à luta dos funcionários. Silva disse que a empresa vem se mostrando intransigente durante as negociações das pautas.
“Nós somos trabalhadores que, às vezes, ninguém vê, que operam as linhas, fazendo reparos durante a madrugada, entre outros serviços. Então, precisávamos trazer à tona esses nossos problemas. Panfletamos no aeroporto para aproveitar as chegadas das delegações para a Olimpíada, trazendo maior visibilidade para nossa luta”, afirmou.

Segundo o diretor, os metroviários estão negociando com a concessionária MetrôRio desde maio, mas ainda não chegaram a nenhum acordo. “Chegaram a cogitar um reajuste de 5%, mas isso beira a surrealidade É muito aquém das nossas necessidades básicas. Existe ainda odesejo da empresa de trocar o plano de saúde por um de qualidade muito inferior. Não aceitaremos essas medidas deles”, disse.
Silva afirmou que, na tarde de hoje, haverá uma nova rodada de negociações entre trabalhadores e empresa. Caso não haja acordo, a greve será decretada em assembleia a ser realizada na próxima quarta (3).
“A gente espera algo que seja minimamente viável neste encontro de hoje. Caso contrário, instalaremos a greve por tempo indeterminado”. Um pequeno grupo de trabalhadores do sistema aeroviário também aproveitou a ocasião para reclamar das empresas aéreas. Eles alegam demissão em massa de mecânicos.
O metrô do Rio de Janeiro é parte importante do sistema de transportes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O metrô permite que os torcedores cheguem diretamente ao pólo olímpico de Copacabana, na zona sul, ao Sambódromo e ao Estádio do Maracanã. Além disso, conecta-se com os sistemas de trem e BRT que levam ao Estádio Olímpico do Engenhão e aos pólos de Deodoro e da Barra.
Em assembleia, metroviários do Rio indicam estado de greve
Os metroviários do Rio decidiram entrar em estado de greve em assembleia realizada no último dia 27. Desde então a categoria vem realizando reuniões e negociações com a Metrô Rio e o Ministério Público do Trabalho. 
Francisco de Assis, diretor do Sindicado dos Metroviários, reclama da proposta oferecida pela Metrô Rio: "É um absurdo um repasse tão pequeno para a categoria. Estamos falando de uma empresa que teve R$ 84 milhões de lucro líquido no ano passado".
Os trabalhadores também reivindicam melhores condições de trabalho. "Os metroviários estão sofrendo muita pressão nesse processo de inauguração da Linha 4. Muitos funcionários vão ter que fazer hora extra. Depois que acabar os Jogos, ninguém sabe o que vai acontecer. Muitas pessoas vão ser demitidas. O índice de rotatividade na empresa é muito grande, chega a 15% de demissões por ano", alertou Francisco.
O MetrôRio enviou à redação do JB um posicionamento:
O MetrôRio informa que, somente no ano de 2016, aumentou a oferta de oportunidades de emprego em 10%. Em relação ao acordo coletivo, a Concessionária está empenhada para que a negociação salarial em curso seja concluída de forma satisfatória para os trabalhadores, conforme ocorreu nos anos anteriores. Os colaboradores do MetrôRio se sentem orgulhosos e estão comprometidos em realizar a melhor operação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Nova rodada de negociação está marcada para o final da tarde de hoje (28/07).
FONTE: JB ONLINE
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